sábado, 10 de janeiro de 2009

Onde e quando nasceu Manuel Ferreira?


Manuel Ferreira participou com contos e com argumentos para Guida Ottolini em O Papagaio. No semanário O Faísca escreveu a história aos quadradinhos “Lampejos da História Pátria”, com desenhos de António Barata, em 1944. Durante anos foi colaborador do Pim-Pam-Pum!, o suplemento infantil do jornal O Século. Depois da ocupação japonesa em Timor, ofereceu-se para servir na antiga província portuguesa, onde exerceu como Administrador de Concelho e como Chefe da secretaria da Administração Civil de Díli. Antigo escoteiro, colaborou longamente no jornal Sempre Pronto e também em A Voz de Timor. Publicou livros de contos e alguns ensaios sobre temas timorenses.

Sei que faleceu com 45 anos em 1962 em Díli, mas até agora não consegui descobrir onde e quando nasceu Manuel Ferreira, nem tampouco qual o seu nome completo — depois de frustadas tentativas junto do Registo Civil em Portugal, do Arquivo Histórico-Ultramarino, do Ministério dos Negócios Estrangeiros, da Embaixada de Timor em Portugal, da Torre do Tombo e sei lá mais quê. Também tentei contactar por duas vezes a Embaixada de Portugal em Díli, mas, com a eficácia que caracteriza a nossa administração, esta nem se dignou responder aos meus e-mail...

Seria útil conseguir uma cópia do Assento de Óbito de Manuel Ferreira, que se deve encontrar algures em Díli, mas ninguém em Portugal parece saber onde estão esses registos actualmente ou qual a entidade a contactar em Timor (uma que responda, já agora). Agradeço como habitualmente qualquer ajuda ou indicação.
Actualização 18/4/2011: Graças a um investigador amigo (cf. Comentários), foi possível encontrar o Registo de Nascimento do escritor e até falar com uma filha, que me transmitiu informações complementares. Ainda poderia ser proveitoso ou pelo menos curioso localizar o Assento de Óbito timorense, mas cada vez mais isso parece impraticável...

2 comentários:

  1. Quase sem querer, "passei" por aqui. Em boa hora. Este Manuel Ferreira também me intrigava, de há muito. Tenho na minha frente, julgo que todas as peças dos seus "Subsídios para a Bibliografia de Timor", que Manuel Ferreira foi publicando (ou alguém por ele), entre 1958 e 1964, na revista Seara, da diocese de Díli. Já antes, publicara "Um Dicionário Corográfico De Timor".
    Para além dos artigos dispersos em A Voz de Timor (nos poucos números que subsistiram na Biblioteca Nacional de Lisboa), não sei mais de Manuel Ferreira. Terá mesmo falecido em 1962?!
    Agradeço muito a este "blog" a luz que me acenou sobre Manuel Ferreira.
    José António Cabrita

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  2. @José António Cabrita: Muito obrigado pelo seu comentário. Tenho a *absoluta* certeza, tanto quando é possível não tendo presenciado directamente, da data exacta de falecimento *deste* Manuel Ferreira, novelista, argumentista de histórias aos quadradinhos em revistas infanto-juvenis portuguesas e também historiador que acabou a vida em Timor. Ou seja, pesquisei aturadamente e tenho portanto cópias de várias notícias necrológicas na altura do seu falecimento, mas por outro lado não consegui encontrar o Registo de Óbito em Portugal, o que é perfeitamente possível por não ter sido transmitido na altura aos Registos Centrais. Tentei contactar vários organismos timorenses actuais, inclusive como descrevi a própria mui nobre Embaixada portuguesa que *nunca* se dignou sequer responder aos vários e-mails enviados através de diversas contas, enfim nada veio daí, infelizmente. Este Manuel Ferreira, digamos timorense (porque há *três* homónimos públicos e mais ou menos conhecidos, mas que nada têm a ver com ele: um desenhador de BD que colaborou com a revista “Camarada” e mais tarde pintor, e ainda o escritor por exemplo do “Hora di Bai” e finalmente o autor de inúmeros livros com temas açorianos), este autor dizia eu, tem vários trabalhos realizados sobre Timor, tendo publicado livros com contos locais e os ensaios “Timor - Sua Terra, Sua Gente e Sua História” (1957) e “Vida e Morte de um Bravo” (1959), duas das muitas conferências que por lá pronunciou sobre temas históricos. Infelizmente temos apenas mais uma semanazinha para investigar na Biblioteca Nacional (de Lisboa), antes que a coisa feche as portas durante quase um ano. Se quiser pode contactar-me directamente através do meu e-mail directo, acessível do lado esquerdo deste blogue...

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